terça-feira, 12 de dezembro de 2006

CRAZY

Hoje uma amiga minha teve que desabafar em meio ao nosso trabalho de grupo. Ela estava muito triste e chocada porque este final de semana um amigo próximo foi internado em uma clínica psiquiátrica. Ele não aguentou a pressão. Ela não sabia como lidar com a situação, nunca tinha passado por isso, nem conhecia alguém com alguma experiência parecida...

Eu particularmente duvido que ela não tenha conhecido ninguém que já tenha “saído da casinha” um dia. Talvez ela apenas não saiba. Eu acho que as pessoas simplesmente não falam sobre isso. Tem vergonha, medo, sei lá. Ajudam, sem se dar conta, a manter essa montanha russa em funcionamento. – “aqui em casa todo mundo é perfeito”...

Tudo tem que ser feito cada vez melhor, as novas ferramentas facilitam a vida da gente, mas exigem maior qualidade, maior eficiência, maior velocidade. Não tem quem não se sinta pressionado, muitas vezes esgotado. Daí a ter um “piripaque”, pra mim, é um piscar de olhos.

E aí eu parei pra pensar... Qual é o meu limite? Eu espero que nunca descubra. Espero que como até então, meus desabafos, minhas irritações, minhas inquietações, minhas explosões e minhas risadas, sirvam de escape.

E fora de brincadeira, já dizia o velho ditado: “de médico e louco todo mundo tem um pouco” – vai descordar?

Trilha sonora pra ler esse texto:

Crazy - Gnarls Barkley
Crazy - Seal

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